Flaviano Neto foi executado com oito tiros de pistolas no fim de semana em São Vicente Férrer.
Imirante, com informações da TV Mirante
SÃO LUÍS – A Anistia Internacional vai acompanhar as investigações sobre a morte de um líder quilombola. Ele foi executado a tiros no fim de semana no interior do Estado. Ontem (3), grupos de direitos humanos pediram agilidade na prisão dos culpados.
Veja, ao lado, na reportagem de Honório Jacometto e Miguel Nery.
Os integrantes da Comissão de Direitos Humanos e da Pastoral da Terra cobraram uma solução para o caso da morte do líder das famílias quilombolas. Flaviano Neto, de 45 anos, foi executado com oito tiros de pistolas, que atingiram a cabeça do agricultor. O crime foi no fim de semana em São Vicente Férrer, a 280 quilômetros da capital. Quem mora na região vive agora com medo.
A Comissão de Direitos Humanos do Maranhão fez um levantamento recente e chegou a uma constatação preocupante: atualmente 21 líderes indígenas, ribeirinhos e quilombolas estão na mira de pistoleiros. Segundo a Comissão Pastoral da Terra o Maranhão é o Estado brasileiro com maior índice de conflitos agrários. Há alguns meses o presidente de uma associação de assentados também foi executado. Ele denunciou um suposto esquema de desvio de dinheiro do Incra na construção de casas.
A polícia diz que vai mapear as áreas no estado onde há possibilidade de conflitos. Mas que é impossível levar proteção ao campo.
Hoje (4), a Comissão Pastoral da Terra faz uma nova reunião com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado para apontar quais são as cidades onde há possibilidade de conflitos armados.
FONTE: http://imirante.globo.com/noticias/2010/11/04/pagina258425.shtml